segunda-feira, dezembro 26, 2011

Como se Mede o Tamanho da Crise After Christmas

Através do funcionamento do telemóvel durante.

A ver.
Este ano recebi uma mensagem escrita (sim, uma) e dois telefonemas.

Todos os outros amigos que nunca se esquecem também este ano se lembraram e os Votos de Feliz Natal chegaram até mim. Por telefone fixo alguns, no Facebook de forma generalista outros e, a grande maioria, por e-mail.

Sim, acho que isto diz muito sobre a penúria em que nos encontramos.

Outro balanço será feito no ano Novo.

Nota: Já eu agradeci por não me ver obrigada a responder a muitas mensagens, o que me fez poupar um dinheirão precioso para a minha própria crise!

domingo, dezembro 25, 2011

Noite Feliz

Foi a de ontem.

Uma noite alegre, divertida, com pessoas diferentes por circunstâncias da vida mas que ajudaram também a tornar a Consoada uma das mais ricas das minhas lembranças.

Pena que este ano o meu mano só venha hoje.
Mas até uma conferência no telefone em alta-voz fizemos, todos com todos.

Obrigada Menino Jesus.

quarta-feira, dezembro 07, 2011

E Agora Como É

Enfrentar o dia a dia normal do Martin, de 16 anos, cheio de vida e de amigos que o convidam para a sua rotina normal, que inclui as saídas em conjunto?

Mui-to Di-fí-cil!

E é já hoje.

Tem uma Festa.
Diz que não pode faltar, que por amor de Deus, que ó mãe...

Medo, muito medo!

Mas a vida é isto, não pode parar.

sábado, dezembro 03, 2011

Duas e Meia da Manhã

Há muito que não estou acordada, ou melhor, há muito que não estou na sala, vestida sentada no sofá a fazer qualquer coisa (neste caso a escrever aqui) àquela hora.

Ontem estava, por um acaso de Deus.
Os meus filhos mais velhos tinham ido sair.
Senti a chave e entra-me na sala um choro convulsivo misturado com gritos sufocados de desculpa Mãe desculpa.

Vinha duma figura reconhecida numa cara irreconhecível: Martin.

Sem um dente da frente, todo ensanguentado e negro, um olho mal abria.
Levantei-me num salto e agarrei-me a ele como se não houvesse amanhã. Caí num choro compulsivo antes de dizer uma palavra.
Não conseguia.

Sentia-o tremer de alto a baixo e tentava com o meu corpo parar aquilo, em vão.
Afastei-o de mim, tornei a ver o mesmo cenário.
O rosto do Martin é lindo, é mesmo não é coisa de mãe.

Só não estava era ali.

Que se passou meu filho?
Demorámos uns minutos a acalmar, eu e ele, sentados no sofá agarrados um ao outro.

Tinha ido com dois amigos que são aqui vizinhos ao Campo Pequeno dar uma volta, como fazem muitas vezes.

Lá encontraram uma amigas no café do costume, amigas que vêem da primaria. Tomaram café numa esplanada e depois, como são tesos, foram para um sítio do costume onde se podem sentar sem pagar, a 20m do tal café.

Chegaram 5 mafiosos, meninos ricos que eles conhecem de vista do Liceu Filipa, sendo que um vinha completamente bêbedo.
Bem conhecido como rúfia, foi direito ao Martin questioná-lo em que Feira tinha comprado a camisola...e os ténis.

O Martin sem lhe tocar respondeu-lhe à letra, e torto (conheço-o tão bem), mas ainda não tinha acabado a frase e já estava com uma cabeçada na cara e dente na mão.

A partir daí foi só bater até ele cair , ele tonto levantavasse e dava murros no ar e eles rasteiravam-no ele caía e aí era no chão mesmo, ao pontapé.
Os rapazes com quem foi não se mexeram, nada. Foram as meninas que começaram a gritar para os cinco pararem e ajudaram o Martin a pôr-se de pé.

Está todo negro e foi agora procurar o dente que saiu inteiro, com a raiz perfeita.

E está com medo de represálias, em pânico que eu me mexa.

Já eu, estou com uma sede...

Nota Mental: não telefonar àquele amigo polícia que nesta altura me fazia tanto jeito...ir pelas vias normais!!!

quinta-feira, dezembro 01, 2011