terça-feira, dezembro 30, 2008

Flores

Era pequenina e adorava flores e cores.

(eu)

Pintava sem cessar aqueles livros já desenhados, em que só tinha que pegar na caneta de feltro, no lápis de cor ou no de cêra, e encher os espaços com minúcia, com todo o cuidado para não sair fora e parecer real.

Preenchia tudo, procurava uma arte que achava conseguir só nessa tarefa.

Queria criar as bordas das coisas que nasciam no papel mas, para isso, não havia recebido talento, pensava.

Satisfazia-se assim em animar folhas mortas, cinzentas com vida, acreditava.

No entanto, quando passeava no campo e olhava as cores das flores, meu Deus, aí sim, era a certeza que só há vida assim.

Quando explosões de arco-íris cá em baixo dos pés nos aparecem do nada como prendas divinas e que nós nos esforçamos para não pisar, por não estragar, em vão!

E aí percebia: encher um papel de cor é arte, também.

É a tentativa de dar-lhes a vida que o processo químico lhes tirou quando eram árvore, quando eram um ser vivo como eu e tu, e que até chegar a folha de escrever soa a injusto.

De cada vez que uma criança pega num livro de pintar e o enche das suas tonalidades, escolhidas por si, não está a fazer mais do que a tentar trazer de volta à vida uma simples folha de papel...

Olhando para trás tenho a certeza de que era isso que eu queria: animar os desenhos para dar alma àquilo que imaginava...e dar-lhes a vida de volta!

quinta-feira, dezembro 25, 2008

Cruzeiro *****

É o que estão, neste momento, a fazer o meus meninos entre Estocolmo e Helsínquia.

Vão ver a família suomalainen.

Já eu, and dispite all, tive um muito especial dia de Natal.

Mimo não me faltou, pois não...ão?


Que prenda boa.
Graciosa.
Ao alcance de todos.

Abracem-se muito,
Lambuzem-se de beijos,
Vivam assim o Amor.


Feliz Natal!

segunda-feira, dezembro 22, 2008

Enregelada!

Cheguei da rua com a Mousse.

O telefone tocava há não sei quanto tempo.
Corri e ainda apanhei o lado de lá.

Era a mãe do Jorge a desejar-me um Bom Natal.
Pensei: há, de facto, qualquer coisa muito forte que nos une a todos: ontem, na Missa do Gil, só me lembrava dele.

E, novidade, o Jorge foi tio.
A Vera, a sua irmã, teve agora um Dinis. Inseminação artificial, dois anos depois dum casamento falhado de 17.
O pai? Não sabe, um dador de girinos.

Agora uma coisa é certa, o Dinis tem mãe, avós felizes e um Tio que lá de cima deve estar em júbilo.
Parabéns a todos.

Um Santo Natal e que o neófito tenha pelo menos metade da beleza do tio e o dobro da força.

E já estou quentinha!

domingo, dezembro 21, 2008

Estranho!

Isto

Mantem-me alerta!

Sacos Grandes que Guardam Sacos Mais Pequenos

Amore Musica (traduzido em português do Brasil)

Para não jogar fora as lágrimas que chorei
Me levantar ainda que voando e me fazer sentido, mesmo que sozinho

Com esta música que canto sem você
Mas meu teatro está vazio e, esta multidão, está muda...

E você sabe, não esqueci de você
E terminado o ontem a música estava
e é por isso que eu que nunca finjo
Sozinho me perguntei:

"Agora por quem canto?"

Amor e música

Estou de novo aqui
Por quanto fôlego terei

A voz e a alma é tudo aquilo que tenho
É tudo aquilo que tenho

Para não jogar fora o meu desespero
Para não tocar o fundo e fazer uma canção

Amor e música que brincam de roda
De novo estão de mãos dadas

Neste meu teatro cheio
Me encontrei
Encontrei...

Amor e música

Estou de novo aqui
Por quanto fôlego terei
A voz e a alma é tudo aquilo que tenho
É tudo aquilo que tenho

Amor e música

Como dois corações afiados, no coro farei.. eu farei...
Do seu canto o meu orgulho
E o meu encanto

Faróis acesos contra a escuridão
Como dois ternos amantes
Olhares lúcidos na platéia

E nós entre tantos
Amor e música mais uma vez estão de mãos dadas
Se em meu teatro cheio eu
Encontrei

Encontrei você

Amor e música

Russell Watson


Infelizmente, e por muito estranho que (me) pareça, não encontro a música no youtube...só um minuto promocional da MTv.
É maravilhosa...e tocante.
Se conseguirem encontrar ouçam,


Cheguei da Basílica da Estrela há 2 horas. Faz 6 meses que o Gil partiu e a Missa foi cantada, linda.

Ainda não tinha almoçado e abri a porta da despensa à procura dum tempero para uma receita que ia começar a inventar.

Dei de caras, no chão, com um grande saco de plástico esventrado, donde saíam outros sacos, mais pequenos.

Ameaça antiga.
Enfiava para lá todos aqueles que não serviam para levar lixo e, mais cedo ou mais tarde, o grande, o tal em cima do armário, explodiria.

Foi hoje.

Tinha lá dentro (vejam bem, coitado), um do Ikea, maior do que ele e que era obrigado a suportar.

Resolvi: é hoje, que se lixe o almoço, gorda como estou só me faz bem jejuar.

E assim foi, a trasfega.

No meio de sacos, saquinhos e sacões, cai-me no colo um rebuçado roxo gigante, tão bem preservado como se o tivesse recebido nas mãos ontem, dado o amor revelado pelo esmero do embrulho.

Parei. Olhei fixamente para o meu passado e quis lembrar-me de quem mo deu, porque mo deu, porque não me desfiz dele, porque está fechadinho, o embrulho, como se nunca tivesse sido aberto?

Como uma criança pequena a abrir presentes no Natal, apressei-me a destruir toda aquela obra de arte, rasgando tudo, em ânsias de chegar ao conteúdo.

Uma caixa de perfume, aparentemente vazia.
Mas só aparentemente.

Lá dentro tinha um mini envelope.
Ainda pensei:olha, queres ver que na altura em que recebi não reparei, mas está aqui o segredo do dador e do amor que o moveu?!
Não estava.

O Perfume em causa é da Clarins e chama-se Par Amour.

E, dentro do envelope está um poema em várias língua, omitindo o autor e que transcrevo:

"Amar exprimindo
Em parcas palavras
De relance
Sob a égide dum olhar
No eco radioso duma gargalhada

Amar sentindo
Um aperto na garganta
Tremendo de alegria
Na alcova dos teus braços
Para jamais voltar a partir

Amar partilhando
Porque tu és tudo
Amor e alegria
E desejo contigo
O amor eterno"

Coube tudo no outro saco. A surpresa neste envelopezinho guardei-a para memória futura.

Para me lembrar, sempre, que não existe jamais

Hoje, Agora e Aqui.

E só, não é Gil?

sexta-feira, dezembro 19, 2008

Estado de Espírito!




Esturpor

esse súbito não ter
esse estúpido querer
que me leva a duvidar

esse sentir-se cair
quando não existe lugar
aonde se possa ir

esse pegar ou largar
essa poesia vulgar
que não me deixa mentir.


Paulo Leminsky

(e já hoje é 19...e já hoje há o silêncio)

terça-feira, dezembro 16, 2008

Irmandade

Logo que conseguir loggar-me ( falta pouco, não é Tremelix?), pertenço-lhe nos textos, verborreio em catarse por lá.

De experiências e caminhos tortuosos e de VITÓRIAS, já partilho.
Ou não estive ali o nosso processo de sobreviventes à dor maior que, parecendo, NÃO NOS VENCE.

Leiam-nos.

Entendam-nos e,
Quem nos quer bem,
Segure-nos a Alma Dorida,

Com a amizade presente,
Incondicional,
Imortal.

Eu sei que muitos que me amam vão aprender com os escritos dos outros, aquilo que EU não consigo dizer.

http://tremelix.bloguepessoal.com/2/

AQUI!

Gripe!

Que coisa chata, pegajosa e inconveniente.

Agora? A dois dias da partida DELES? Todos doentes, até eu?

Ora , merdinhas.

Não gosto de ti Gripe, por isso aceita e pira-te.

JÁ!!!

(devia haver uma lei)

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Caldeirão do Susto!

Um dia, era eu pequenina e caí nele.

Era escuro e fundo e com pouco ar.
Queria sair dele mas não conseguia porque um caldeirão tem umas paredes que não ajudam.

Para além de serem lisas, sem saliências que me suportassem um passo acima d'outro, quanto mais subisse mais elas inclinavam, me inclinavam, para a queda certa.

Enquanto sentada no fundo, de pernas cruzadas, pensava (eu mesmo pequenina, assim tipo quase bebé mas falante), vou gritar pela mãe. As mães salvam sempre os filhos.

Mas não saiu nenhuma voz porque, infelizmente, a idade era inversamente proporcional à perpicácia e então ela, a voz, ficou guardada.
Sabia que não me ouviria, a mãe...nem ninguém. E não gritei!

Chorei...chorei a minha perda, muito. Chorei-a com egoísmo e com altruísmo por, já de tão tenra idade, saber que faria falta a um pequeno grande mundo - o que me estava destinado - se morresse ali.

Frio. Medo. A solidão incompreensível para uma criança.
As crianças não percebem a solidão porque ela não é natural. Porque foge do percurso que é o normal: o da presença, do carinho, do mimo e da birra repreendida.

Não desisti.

Queria ser a Pipi das Meias Altas que já nessa altura venerava.
E chamei-a. O mais alto que pude.

E ela veio, no seu cavalo Sarapintado.
E, com aquela força mágica, atirou uma corda e puxou-me do Caldeirão.

Abraçámo-nos, rimo-nos e, sem outra ideia melhor, resolvemos aproveitar o meu cárcere para fazer uma Massa à Bolonhesa, cheia de queijo parmesão.

E comemos, e o macaco Nilsson e o cavalo Sarapintado também e, depois, como eu era mais pequena e não sabia ler mas a Pipi já sabia, fui a correr a casa buscar a Menina do Mar, da Sophia de Mello Breyner.

A magia tem destas coisas e a Pipi leu tudinho em português correcto, mesmo sendo do Norte, lá muito em cima, dum país chamado Suécia.

Como o livro tinha ilustrações e a Pipi é muito especial percebeu a história toda e adorou, como eu adorava, a história.

Foi um milagre a Pipi salvar-me.

Foi um milagre eu ter vivido e ter 3 filhos maravilhosos.

É um milagre eu ainda ACREDITAR!

P.S. nunca saberei o que teria acontecido se tivesse gritado MÃE.

sexta-feira, dezembro 05, 2008

Só um Bocadinho...

...mas tenho.

Inveja de quem tem amor total, profundo, do abraço presente, sempre.

Merece-lo-à.

Falo de alguém que já me amou assim, que já amou a seguir assim também, ou talvez mais, e que já ama de novo, quem sabe em crescendo.

Sorte? Ná!

Eu, conhecendo-o muito bem, direi que os anjos o guardam, as estrelas o guiam e o carácter o premeia.

Fico muito contente amigo. Muito!

quinta-feira, dezembro 04, 2008

Sempre Surpreendente

Hoje, 8h da manhã, conversa com Henrique enquanto olha o interior do frigorífico e escolhe o sabor do iogurte a misturar com os cereais que tem na mão:

_ Mãe, vou fazer uma adivinha. Qual é a comida que liga e desliga?

Eu, ensonada, respondo um hã? aparvalhado. Repete:

_ Mãe, vá lá, pense!!! Qual é a comida que liga e desliga?

_ Filho, não faço idéia, estou com sono e por favor responde lá...

_ Strog-on-off.

Sorriu!

_ A mãe é distraída e está preguiçosa, porque senão adivinhava. É que é tãããão fácil. Foi o jantar d'ontem.

É giro ser mãe deste garoto :)

segunda-feira, dezembro 01, 2008

Ande naú fór someçing complitli diferente...

Começa o raio do countdown para mais um NATAL que não vai ser e um ANO NOVO que, thank God nada significando para mim, me faz faltar os beijos lambuzados de quem lhes dá importância, SIM.

Ligam-me impreterivelmente às 23h01.
É a passagem deles, lá pelas Escandinávias, uma hora antes do nosso relógio e passa a ser a minha porque depois acabou :)

E agora, preparar.
Lá vão eles, dia 18, naquela coisa do demo com asas, para longe longe.

Mas voltam.

Voltam sempre, com aquele abraço grande e apertado que as saudades não contêm.

É dia 4 de Janeiro e, se virmos bem, até está quase.

O pior são aqueles momentos do : now bording, gate closed, departed...em que, com as lágrimás a rolar, normalmente no sentido oposto ao chão porque os meus olhos estão, nesse momento, prostrados no céu, corro para fora do Aeroporto adivinhando qual a máquina que mos leva.
Ninguém me manda ficar lá. Ampliar a angústia mas, no fundo, quero deixá-los bem entregues: ao Céu

Coisas de mãe.
Coisas que mães entendem.

Dada a Condição Irreversível de Morte Matada do meu (snif) HP de 5 Aninhos de Idade

Comprei outro.

Tenho a sensação de isto de não ser mãe há 9 anos me condicionou a escolha, me Tolhou os movimentos me apanhou de coração nas mãos.

O preço ajudou, admito. Mas, independentemente do tamanhito, faz tudo o que os outros fazem e mais, é liiiindo de morrer.

Depois, é MESMO portátil. Levo-o na Carteira.

Ah, e traz o Windows XP que elegi preferido. O E-escolas veio com o vista e baralho-me toda.

E
Sendo funcional
É branquinho
Como a neve que cai
A custar 359€?
Vai lá vai.

:)

domingo, novembro 23, 2008

Agora nao tenho acentos...

Alias, ter tenho, so nao os encontro aqui no teclado do E tracinho, tambem nao encontro o parentesis gaita, escolas, do meu filho do meio.

Tenho pontos finais e virgulas, ja nao e mau mas, pontos de interrogacao e cedilhas, ponto de interrogacao, nem ve-los.

E o tracinho, VIVA, encontrei agora ao calhas no sitio do dito cujo, o interrogador.

So a mim...

quarta-feira, novembro 12, 2008

Dia 11 do 11

às 11h (juro, variadas testemunhas), assinava o definitivo descasamento!

Não me venham com coincidências...

sexta-feira, outubro 31, 2008

Padarias Tradicionais

E as padeiras atrás do balcão.

Invariavelmente vestem-se - ou melhor, mantém-se vestidas - como se tivessem saído da cama.

Põem por cima uma bata branca que tenta tapar a evidência mas, a pantufa no pé denuncia o resto da indumentária que ainda espreita pelas aberturas entre botões quando, no gesto de embalar o pão, lhas mostra.

Tendo em conta que funcionam, as Padarias, em dois turnos e a roupagem se mantém, pergunto-me se será que é à noite que se vingam e dormem de saia-casaco e sapatos.

E, no Inverno, é certinho que todo este conjunto típico seja complementado com um xaile de lã tricotado, com ar de baú de avó, mesmo que seja a da tal padeira, já ela com ar de bisavó.

Sou só eu que reparo nisto?

Que nunca acabem as Padarias Tradicionais e toda a mística que as envolve e que perdura imutável, até hoje.

sábado, outubro 25, 2008

Estou, não sou e aprendam a distinguir

Muito Feliz!
Faz hoje 20 anos. Já 20.
O primogénito que nasceu a berrar, sem precisar de qualquer estímulo e que, depois, me pregou o maior susto de ameaçar partir com 10 dias, é um brincalhão.

Porque, além de ter escolhido ficado comigo, conosco, não partir antes do tempo, é um filho lindo, com amor recíproco incomensurável e é, simplesmente, assim, lindo de morrer, ora vejam:





...no comments (tinha muitos para fazer mas, como mãe, zip on my lips)!

PS: esta foto foi tirada este Verão, em Avô, perto de casa do Gil onde fomos passar o dia com a família dele. O Bernardo não tinha levado calções de banho e então o Gil emprestou-lhe estes :).

sábado, outubro 18, 2008

Estar Aqui!

Estar aqui hoje não é o mesmo que estar aqui há 3 dias.

Quarta-feira, dia 15, às 18h45 podia estar noutro sítio qualquer.

Foi a primeira vez que, ao volante e durante looongos segundos achei que ficava por ali o meu percurso.
Estranha sensação.

Eixo norte-sul, circulo a 80km/h na faixa central quando vejo um carro, parado na faixa da direita a uns 50 metros à frente, a hesitar sem qualquer sinal de pisca, sair da dele para a minha.

Começo o processo do apito ininterrupto e travão a fundo. Mas ele e o seu chaço a cair de podre continuam a sua marcha lenta para cima de mim.

Pânico.

Não sei que 'anjo' interveio ali, para que o homenzinho mesmo assim, deixasse metade das rodas dum lado da minha faixa e metade na outra, a dele, mantendo assim o carro praticamente paralelo ao meu.

Foi o que nos salvou.
Eu raspei o lado direito do meu Citroën Saxo no Ford Fiesta podre dele, rebentei com a porta, mas saí viva.

No dele o único sinal de estragos um arranhão no lado esquerdo do pára choques traseiro.

Parada no meio do Eixo norte-sul, saio do carro com aquele ridículo colete para que todos vejam bem quem provocou a fila interminável que os vai fazer perder um tempão precioso, com os 4 piscas e, em fúrias, dirijo-me à besta.

Queria, a própria besta, matar-me. Que eu vinha a 200km/h, que a travagem provava isso, que ia presa e ficar sem Carta, de certezinha, que não era polícia mas sabia...

Nessa altura (e nessas alturas sou sempre assim), começou o rol de insultos caros que guardo para ocasiões especiais: energúmeno, abécula, estronço, etc.
O agredido por tais palavras, sem as perceber, respondia raivoso - isso é você.

Bom, terminei dizendo que não lhe dirigia mais a palavra e que a Polícia trataria do resto.

Fui para dentro do carro, entretanto e depois de marcado o chão por batedores, arrumadinho na berma e liguei o Rádio.

Notícias de Trânsito.

Olha, a estrela hoje sou eu.
Eixo norte-sul com acicente (o meu), com fila de 3 km (por minha causa), enfim um triste momento de glória.

A dita Polícia chegou eram 20h.

Regresso a casa às 21h com os filhos aflitos, principalmente o do meio que, por azar das 50 vezes que me ligou, numas 10 passava por acaso uma ambulância e ele teimava que era para mim.

Tudo isto para o homenzinho que nem escrever sabia me dizer:
A senhora escreva lá no papel deles (polícia) o que escrever no seu.
Afinal, eu sempre soube que tinha culpa.

Nota de Rodapé: antes de sair do trabalho estava aflita de ir à casa de banho mas pensei: ora, em 10' ponho-me em casa...
Entretanto, e nas longas horas de espera o homenzinho que tem um Ford Fiesta, ali mesmo à minha frente, aliviava-se com desplante!

segunda-feira, setembro 29, 2008

As Voltas que a Vida Dá

Estou a dois dias de, depois de ter começado há um mês um novo trabalho, mudar de instalações.

Tudo normal, não fosse isso recorrente na minha vida e não fosse estar a voltar, pela 3ª vez, ao Campus do INETI no Paço do Lumiar e sempre para entidades patronais diferentes.

Quinta-feira já lá estou.
Com todas as memórias que aquilo carrega e, desta vez de frente para a Buganvília vermelho-sangue que abraçando um antigo e gigantesco Poço fica precisamente em frente à minha janela.

Espero que, no meio do reboliço que vai ser este meu trabalho até ao ano Novo, ela me traga o sossego e a paz das suas beleza e cor extonteantes.

É que, acreditem, nunca vi nenhuma assim, pasmando quem a olha, hipnotizando as pausas dos números.

(lá vou eu fazer malas de novo)

segunda-feira, setembro 22, 2008

Mi!

la

gre!

com

Mi.

As mãos, meu Deus essas mãos...e, depois, essa verdade que tens no azul dos olhos que é igual às palavras.

Sinto-me a construir. Pressinto um futuro. Estou muito Feliz, Miguel.

Era só...

sábado, setembro 20, 2008

Calmaria

Há muito esperava
Encolhida, escondida
A surpresa da esperança

A vontade feita
Acontecida milagre
Aqui

Os olhos azuis, já tive
Os verdes de sempre, meus

A Paz destes anil, nunca vivi
Ontem, Senti!

quinta-feira, setembro 18, 2008

Qué será será

Whatever will be, will be...

Mas, de qualquer maneira, há sempre aquela coisa que nos martela o encéfalo vezes sem conta: vou, não vou? faço, não faço? digo, não digo? e muitos etecéteras!

Acho que oui or maybe, ó quiçá!

(ando numa onda de poliglotísses, misturas linguísticas...que, fosse eu DJ e era um sucesso)

segunda-feira, setembro 15, 2008

Where Did I Go Wrong?!

What?

Me?
Myself?
I?

No, no no no, don't even think to turn the things around!

I Went Right...Always!

Temos pena que não atinjas, que não entendas, que te faças cego!

I Live whith my eyes open, as well as my soul...smart, me (proud)!

ÓuÓ (não conheço expressão equivalente em inglês, shame on me)

...

sábado, setembro 13, 2008

A Perspicácia

Às vezes dá jeito.
Outras não.

Vai a eito com a intuição.
Andam de mão dadas.
São amigas para o que der e vier.

Não veio.

Hélas!

(sempre soube que sou uma gralha...uma gralha gira atura-se...)

quarta-feira, setembro 10, 2008

Há Mais Marés Que Marinheiros

Há mais rios que mares
Há mais peixe nos rios que na terra
Há mais pessoas no chão que a voar
Há mais água na fonte que no cântaro

Há mais amor em MIM que...

domingo, setembro 07, 2008

Mais Uma Partida.

9 horas saio de Lisboa rumo a Oliveira do Conde, bem pertinho de Midões.

Vou dizer adeus a mais um Tio,com quem estive estas férias.
Nada fazia esperar isto.

Restam-me muito poucos Tios.

300 km depois, heis-me de volta a casa, há poucos minutos, cansada, farta de enterrar pedaços do meu coração..

E depois sabem como é, morre-se sempre um bocadinho.

Estou muito cansada...

segunda-feira, setembro 01, 2008

Contrato Fechado...

Um novo Mundo em aberto.

Vou agarrá-lo, ai vou vou.

E vou também deixar de fazer contas ao passado, gaita, chega!
Vivendo este agora que me caiu do Céu, vou preparando um Futuro que promete.
Ó se promete.

:)

sábado, agosto 30, 2008

Vidas Aladas

Só em Sonhos?
De resto será impossível nesta dimensão ao humano o vôo libertador?

Será que, depois de morrer, temos mesmo asas? Tomara!

Sempre quis saber se aquela sensação que tenho amiude, quando a minha alma vagueia pelo sono REM em liberdade total pelos céus, seja a planar seja dando aos braços qual milhafre, posso senti-la um dia em vigília.

A ver...

sexta-feira, agosto 29, 2008

De Hoje Até ao Ano Novo

Ver-me-ão muito pouco, quase nada, nada mesmo.
Vou trabalhar 6 dias por semana e feriados, todos.
Só vou descansar ao Domingo.

Para meu bem.
Porque me ocupo e recebo em pilim extra tudo o que faço fora das 35h, seja à semana seja nos outros dias, esses ainda mais recheados.

Depois, tive uma prenda, um extra: vou poder guiar todos os dias para o trabalho que vai ser no meio de jardins lindos, a cheirar a campo e a longe de Lisboa, não sendo.

É a 3ª vez que regresso àquele sítio, àquele Campus.
Pergunto-me que desígnios levaram a que isso acontecesse, de novo, 8 anos depois.

Espero ser feliz ali, como fui das outras vezes porque é muito bom estar distante de tudo e passar a hora do almoço a passear entre o palacete que ainda lá está e os caminhos rodeados de relva, buganvílias e flores silvestres.
Eu gosto.

Segunda feira muda-se-me a vida. 180º.

Estou tão ansiosa quanto feliz!

quarta-feira, agosto 27, 2008

Versos

Comi o pão
Que o Diabo amassou
Cozido a lenha
Não sobrou

Haja pão
Do Diabo ou não
Que alimenta o físico
Sustenta o tísico

Com a força de volta
Faz-se da fraqueza braço
Constrói-se o Futuro
Manda-se o Diabo ao Espaço

Vive-se outra vez
Sorri-se ao Mundo
Agarra-se o Mês
Repete-se Fundo

E não mais se larga
A enxada guardada
Trabalha-se a terra
Destrói-se a guerra

Instala-se a Paz
Adivinho-me Capaz!

domingo, agosto 24, 2008

Será que a Internet é Pertinho do Céu? Este não é o Gil mas era um de Nós, o Jorge!






Ontem estive em Avô.
Avô é assim mais ou menos a Vilamoura da Beira Alta.
Lá, está e estará o Gil, para sempre. Terra linda, aquela.

Hoje voltei a casa.

Quando o Gil morreu, revi os pais do Jorge, sim o Jorge que escolheu morrer há 14 anos atrás, em Ribamar, atirando-se com o carro numa cena cinematográfica, à época ainda não filmada mas copiada depois no famoso 'Telma and Louise'.

Bom, adiante.
No velório de há dois meses revivi muitas coisas, muitas memórias, o Gil principalmente mas também o Jorge.

À chegada a Lisboa quando abri a caixa do correio, de 2 semanas de ausência, estava atafulhada.
Tinha um autocolante a dizer que lá dentro estava uma mensagem tão importante quanto urgente.

Depois percebi a ironia das coisas.
O papel referia-se a uma Citação das Finanças mas, na realidade, estava lá mesmo uma coisa mesmo muito importante e que eu esperava há semanas: o cd com as fotos do Jorge que, naquela noite triste, os seus pais me prometeram mandar.

Não é à toa que para além de ter sido o meu primeiro amor o foi durante dois anos, entre os 11 e os 13, só quebrado pela distância de São Tomé e Príncipe e os 24 meses de afastamento que naquelas idades eram uma eternidade.

Aqui fica quem ele é(ra), para me perceberem. Que bonito, o Jorge!

Ah, e cheguei há bocadito...

E nem sei se estou triste!

(já sabes, a Pedra Branca está contigo...cuida-a
http://www.youtube.com/watch?v=NyvgesyClf0)

sexta-feira, agosto 08, 2008

Sem Nunca Saber de Regressos

Vou amanhã.
Espero sentir-me muito longe. É que era mesmo isso que precisava.

Depois, era bom sentir-me outra vez perto, daqui a umas semanas.

Espero que seja assim.

Que a minha viagem nestas estradas loucas seja sã. Que volte viva eu e os meus.

Assim Seja!

quarta-feira, agosto 06, 2008

Falam Falam Falam

Mas não fazem nada!!

Onde está a prometida descida da temperatura? Hein?

É que se Sábado, a esta hora, já estiver a canícula que passei agora ao levar o carro à revisão, imaginem-me no Saxo sem Ar Condicionado, a fazer 300 km, com o dito cheio de gente (incluindo a Mousse)!

Ai Eu...

sábado, agosto 02, 2008

Há 13 anos

E daqui a uma hora estava a parir.
Ninguém acreditava: hei, tenha calma, acabou de chegar ao hospital (sorria, a médica, da minha sposta ingenuidade), isto não é assim.

E eu avisava: quando acabo de chegar os bebés nascem.

_ mas só tem 6 dedos de dilatação...
_ aviso..quando chegar àquela porta tenho os 10, vai uma apostinha? (gemendo)
_ deixe-se disso.
_ por mim tudo bem, nasce aqui.

(carantona de chateada da obstetra enquanto volta para trás)

_ pois, errr, aguente, por favor não faça força.
_ ai faço faço...

(correria de maca tipo fórmula 1 até a sala ao lado, a de partos)

_ é só para dizer que é agora, não aguento mais e que tinha avisado, e que....zás, força e pimba.

Hilariante ver a médica com o meu bébe nas mãos que não conseguia segurar de tão escorregadio e me dizia: ó mãe, ó mãe, bebés a jacto não vale.

E nasceu o Martin, quase 4 kg, 52cm, parecia o pequeno Buda não fosse quase transparente de tão branco.
Cheio de saúde, tanto quanto de pneus!

Passado 30 minutos, eu:
_ posso ir à casa de banho?
_ hã? está tonta, para quê, acabou de parir?!
_ ora...sinto que um duche me faria maravilhas.
_ ok, vamos lá ver, tente lá pôr-se em pé.

Tentei e fiquei zonza.
Tive de me sentar.
Gaita, não me aguentava nas canetas.

Nova tentativa e?
Na maior:

_ vê? posso ir? Quero tomar um duche daqueles...

E lá fui eu, fumar o meu cigarrinho de celebração, pendurada na janela do 6º andar, com a sensação catita de estar a prevaricar.
Tinha de ser!


:D:D:D

Parabéns Martin!

segunda-feira, julho 28, 2008

Rabujice

Há dias assim, rabujos, em que nem nós próprios nos aturamos.

É porque a roupa que íamos vestir encolheu, ou porque logo aquela peça que nos fica bem (única) está para lavar e HOJE não podia estar porque até combinei um café com uma pesoa especial (que já tratei de desmarcar), porque o raio da onda que sempre tive na franja do cabelo não vai ao sítio nem por nada...

Enfim, uma miríade de futilidades que me desviam do curso do realmente importante, tentando assim ser escape de pensamentos mais profundos.

Mas eu conheço-me bem.

Daqui a pouco a rabujice dá lugar a uma de duas: serenidade ou ansiedade.

Estou cá para ver!

quinta-feira, julho 24, 2008

Concretização...

Do pensamento para o Acto.
Do Acto para Realização.
Da Realização para o Início.
Do Início para o Meio.
Do Meio para o Fim.

No Fim, a tal Concretização.

E, com ela, finalmente o Extâse!

sábado, julho 19, 2008

Conclusão e Pneus Encerrados!!!!

Crise aguda de auto-estima e não vale a pena dizerem-me que exagero.

Diz-me quem comigo priva (amigos, já se vê):

Que continuo bonita (uns vão até ao linda, vejam só);

Que o verde dos meus olhos continua transparente;

Que, por isso, esses olhos continuam a mostrar o que sou e, que esse sou , é muito bonito;

Que falta pouco para que os químicos me larguem.

Para que EU volte, se isso é tão importante para mim.

Para eles não vale a carapaça, que mesmo assim continua gira, dizem.
Que me vejo distorcida.
Que continuo (um)a Graça.

Só falta acreditar...

P.S. Tenho uns amigos tão bons quanto mentirosos ;)

sexta-feira, julho 18, 2008

Foi um Dia Triste

Alguém de quem gosto assim um bocadinho mais de que das outras pessoas com quem convivo diariamente, com um sentido de humor fabuloso ó não fosse também ele caranguejo, e com quem mantenho jogos de sedução (há pouco tempo e que, pelos vistos nem sonha que há mesmo ali um propósito, e que alinha comigo em todos), magoou-me profundamente.

Sei que foi sem intenção.
Foi com a verdade que lhe saiu sem ponderar, sem maldade nenhuma.
Até porque sei que gosta de mim, mas como se gosta daqueles amigos bem dispostos que alegram o ambiente de trabalho(e só, pelos vistos).

Ao ver fotos minhas de há dois anos exclamou: Ahhhhhhhh, agora percebo o sueco!

Doeu tão fundo.

Claro que ele não percebeu.
Claro que ele nunca vai saber.

Mas, aquelas palavras, confirmam aquilo que mais temo.

Perdi a Graça.

São 13 horas e 15 minutos

Vim almoçar a casa, como sempre.
Cheguei num lago de suor.

Caminho do trabalho para casa, tenho esse privilégio.
Mas, nestes dias de canícula acentuada, acaba por ser um enorme sacrifício.

Nunca fui gorda.
Agora estou e carrego 20kg que não me pertencem.

Precisei de passar por isto para perceber quem é obeso, e como se torna difícil suportar o peso a mais quando estão temperaturas assim.

Tenho saudades de mim e nunca mais chego.

Volta Graça, não aguento muito mais!

quinta-feira, julho 17, 2008

Dizem que a Língua dos Cães é Benta

Sempre ouvi isto.
Na minha família, gente letrada, culta.

Eu acho o mesmo porque, quando a Mousse me lambe desde a cara até aos pés,
sossega-me o coração como ninguém.

Que benção maior pode haver?

Hoje é a Ansiada Véspera

Da partida dum grande Amigo
para uma grande viagem.

Para fora e para dentro.
Exterior e interior.

É, talvez, depois dos meus filhos, das pessoas mais importantes que cruzaram a minha vida.
Por isso é tão importante para mim o seu bem estar.

Peço que, aproveitando a natureza que o rodeará, luxuriante, rica em fauna e flora, receba dentro de si a grandeza que tem dentro de si e que só precisa desbravar.

Boa Viagem.

Eu, aqui, estarei sempre contigo!

quarta-feira, julho 16, 2008

Borboletas

Uma amiga minha escreveu, naquela coisa que se expõe no nosso nick do msn, que o segredo é não correr atrás das borboletas.

Fiquei a pensar nisso.

Acho que nunca corri atrás de nenhuma. Sempre tive a sorte delas me virem pousar na mão.

Dá que pensar...

sábado, julho 05, 2008

Alergias.

Cumá dona. Talqual. As mesminhas, os mesmos medicamentos, as mesmas restrições. Só que nela é mais grave. Se não seguir à risca a dieta e o tratamento vai-se. Mas, como sou eu , a donazona a tratar disso, tudo sereno.

Descansada. Mais pobre, mas descansada!

UFAAA!!!

Preocupada...



Este meu outro amor, a Mousse de Chocolate, já bem conhecida de quem me visita, deu para adoecer.

Lá vou eu de charola para o (no caso a) veterenária de emergência.

Sei que é quase heresia mas, rezem para que não seja nada.
Não deve ser. Mas sou dona de 1ª viagem e ela não comer, não beber e começar a perder pêlo às mechas não me parece bom sinal. Socorro.

(eu, estas coisas, preciso mesmo de partilhar, raisparta)

sexta-feira, julho 04, 2008

Canícula!

Dou-me mal com ela e a recíproca será verdadeira, sendo então que amor com amor se paga!

Já a passarada deve adorar.
Um chirear ensurdecedor lá fora denuncia-o.

Isto a propósito duma trivialidade que quero partilhar, por ser isso mesmo, trivial:

Tenho pena que só haja caracóis quando há canícula.

Devia haver uma lei...

quarta-feira, julho 02, 2008

Lições de Vida (..como sei, agora, que me lês)

Ainda recebo e receberei, espero, toda a minha vida.

Este poste é dedicado a alguém que me tocou muito.
Que, magnânimamente, me escreveu umas palavras que lhe devem ter custado muito a sair para o 'papel'!

E que o fez com o coração e com a sua verdade porque se sente isso, em cada palavra.

Tenho pena de te (desculpa o tratamento informal) ter magoado, mesmo nem sonhando que o fazia.

Correspondi-lhe na resposta, valorizando essa coragem (espero), e dando-lhe a verdade que é a minha e que a sua sinceridade ao escrever-me, merecia.

E com esperança.
Muita.
De que o futuro te sorria e que estas minudências não passem disso mesmo, minudências :).

(fá-lo feliz ;))

Gostei do que li. Gostei da tua personalidade. Forte.

Vais conseguir, tenho a certeza.

Boa Sorte ;)

terça-feira, julho 01, 2008

Há Coisas Em Que Não Há Se's

Há pessoas que são sempre boas, mesmo fazendo coisas más.

Ninguém lhes deu a perfeição que, como todos nós não podem alcançar porque não é terrena, essa perfeição.

Mas a bondade delas, dessas pessoas, vem do amor que nos têm e que é recíproco, tem de ser ou então não vale e perde-se no vazio.

Imperfeita, essa bondade, cheia de compassos e passos em falso. Sabemo-lo. Isso chega para que cada abraço nos dê a verdade do nosso amor, da nossa presença.

E isso, do amor, apaga tudo o resto porque é supremo. É o máximo do divino que nós, humanos, podemos alcançar.
E é a Plenitude.
É a Graça.

É a amizade.

(que nunca caiam as pontes entre nós)

terça-feira, junho 24, 2008

Regressada às Origens

E a trabalhar naquilo que sei e faço melhor, sinto um misto de alegria e desilusão.
Ao mesmo tempo que recebo o pilim como costumava (ou seja, um bom pilim), e revejo todas as caras do costume, sinto saudades de poder ter seguido outro caminho.

Raisparta a segurança que nos é exigida e nos corta as vazas e as asas.

(Gil, hoje sonhei contigo mas não deve ter nada a ver com o sítio onde estás, a não ser que te tenhas dedicado ao fabrico de pastéis de massa tenra:D)

FEDER é parecido com...fedêr (seus, seus, pervertidos)

sábado, junho 21, 2008

Gil

Promete-me que agora que a manhã te levou, durante a noite nos meus sonhos, me vens contar como é aí, desse lado.

Amo-te para sempre, Amigo.

P.S. Hoje, Domingo, e depois de ter conseguido que dentro lá daquela caixa fosse a carta que te escrevi, espero que a esta hora o Jorge já tenha recebido os 25 pontapés e os 33 estalos que pedi para lhe dares (não dês com muita força;)). E depois, que tenham dado Aquele Abraço.

sexta-feira, junho 20, 2008

Ali em Baixo, num Comentário

Um(a) anónimo(a) dizia-me que me sentia triste. Perpicaz!

Hoje lá fui encaminhar para Estocolmo as minhas jóias. Desta vez sobrou-me uma, a maior em tamanho e só. Tem exames, não pôde ir.

Custou mil vezes mais, ver partir os pequeninos sem ele. Mil trezentas e quarenta e sete vezes mais.

Ficámos os dois em terra, ali, especados, a vê-los voar. Eles e nós com olhos marejados, mais do que o costume que o mano grande sempre ajuda na força da hora da despedida.

Ficam até 13 de Julho e é mais um ano sem eles no meu aniversário, logo este ano que capicuo.

Viemos para casa em silêncio, eu a guiar em automático, ele a acordar-me nos semáforos.

Chegada a casa corro para o banho: reunião às 10h. Chego atrasada e corre mal.

Almoço sem fome e toca o telefone. Ariana e pânico (meu, ela sempre serena). É a irmã do Gil e, sempre que me liga, aperta-se-me o coração duma forma que parece que vai encolher e desaparecer de vez.

E tinha razões para isso, para encolher: o Gil está em coma. O Gil já levou a extrema-unção. Pediu-me ela para rezar por um milagre. Para todos os amigos o fazerem. Acendi uma vela e pedi.
Fiz 7 telefonemas íntimos e todos chorámos...mas todos acendemos a vela e todos estamos a rezar.

Entretanto, os meus filhos já chegaram, ligou-me o Martin. Feliz, ao lado do pai.

Estou tão cansada...

quarta-feira, junho 18, 2008

Meditação com o Dr. Brian L. Weiss

Recebi esta prenda (livro) faz agora um ano juntamente com outra do mesmo autor. Vêm agregados com cada um, um CD.
Aconselho.

Deixo aqui um excerto da introdução do 1º:

"...Na minha opinião, não somos simplesmente meros seres humanos aos quais de vez em quando são oferecidas experiências espirituais; acredito, sim, que somos seres espirituais que de vez em quando passam por experiências humanas."

Noite serena.

sexta-feira, junho 06, 2008

Até o Crédito Ensandeceu...

Agora, até o Círculo de Leitores oferece 12.000€ de crédito aos seus associados, assim, sem mais.

O reflexo da (mega)crise está aqui.
Acho mesmo que nunca estivemos tão perto do abismo (a minha família incluída).

Não faça nada, não, Sô Sócras, deixe-se estar no seu poleiro de arrogância que não é preciso mexer-se e qualquer dia tem mesmo a insurreição nas ruas!!!

(deixe só acabar essa coisa do Euro futeboleiro)

terça-feira, junho 03, 2008

Started out!

Um dia, uma menina grande que AINDA não tinha descoberto as suas asas, encontrou-as e VOOU.

(sim, vou dizer-vos um segredo, todos os meninos e meninas têm umas, só que às vezes, na maioria delas, não as descobrem)

E foi a melhor sensação da sua vida. Liberdade, conquista, adrenalina, emoção, O AMOR MAIOR.

Depois, essa menina percebeu que era MESMO importante VIVER!

Boa...

sexta-feira, maio 30, 2008

Vencer!

Força
Coragem
Persistência
Amigos
Amor
Beijos
Mimos

E sai-se do medo percebendo quem nos ama(ou) verdadeiramente está aqui e, mesmo que tenha havido dessincronia, não foi propositada, para magoar. Fazemos o que podemos.

São aqueles que, quando nos aparecem na memória nos põem um sorriso nos lábios.

Os outros, os que de formas enviesadas nos magoam a sério por cobardia e por falta de carácter, talvez um dia percebam.

Será, no entanto, muito difícil que me façam voltar a lembrar aquelas análises conjuntas, a espera dos resultados e os choros simultâneos a dobrar porque os resultados não se encontraram.

Essas lembranças apagarei com a rapidez dum relâmpago.
E não mais voltarei a elas.
Tempos de partilha, de aconchego, de carinho e de amor verdadeiro que afinal pareciam mas não foram.

(engano-me tantas vezes, safa, sempre a aprender)

"...a vida não pára..."

Por agora, estou feliz com a paz que consegui e é o que realmente importa!

(não havia, em mim, o desespero da solidão)

E assim sigo a vida, dia após dia, na sintonia do cantar dos pássaros e das flores dos Jacarandás que explodiram agora, aqui, no Campo Pequeno.

segunda-feira, maio 26, 2008

Tenho Medo...

Bolas!

Gaita!

Fosga-se!

Arre!

Apre!

Chiça!

Poça, pronto...

(e sem um único palavrão)

E Eu e Tu

"...perdidos e sós, amantes distantes,
que nunca caiam as Pontes entre Nós..."


Abrunhosa, Pedro

(que nunca, nunca...)

terça-feira, maio 20, 2008

Já Passou Tanto Tempo Desde Ontem

Custa-me isto.

Do tempo não pedir licença e correr desenfreado, como se não houvesse amanhã precisamente para o alcançar.

Chateia-me também um pedaço o acordar.
Arrelia-me aquela fase entre o sonho e a vigília que tarda em vencer.

Hoje, por exemplo.

Estando no epílogo dum enredo fantástico que me proporcionaria, de certezinha, 3 respostas que procuro em ânsias, tocou o raio do acordadeiro.

Acredito piamente que não houvesse tocado e hoje teria almoçado nos Anjos. Lá para os lados da Portugália.

Coisas. E irritantes!!

segunda-feira, maio 19, 2008

E as Andorinhas?

Serão elas que me ensurdecem com o seu piar desenfreado?

Que passarinhos barulhentos serão estes, que me rodeiam e que me fazem tão bem com os seus cantares?

Anunciam a Vida e aquela estação que a faz explodir. A minha preferida.

Hoje recebi uma flor.

É Primavera!

terça-feira, maio 13, 2008

Para Que Conste

DEPRESSÃO, ANSIEDADE E PÂNICO NA UNIÃO EUROPEIA

Um estudo recente investigou a prevalência de diversas perturbações do foro mental em seis países da União Europeia (Reino Unido, Espanha, Portugal, Eslovénia, Estónia e Holanda). Em termos globais, o país com mais alta incidência deste tipo de perturbações é o Reino Unido, sendo que aquele com a taxa mais baixa é a Holanda.

Entre outros dados, o estudo permitiu concluir que a incidência de estados depressivos graves atinge valores máximos em Espanha.

Portugal aparece no topo da lista no que diz respeito à prevalência de síndrome de pânico.

Uma outra investigação revelou que as doenças vulgarmente conhecidas como perturbações do sistema nervoso (depressão, ansiedade, pânico, etc.) não recebem o devido tratamento, quer em países desenvolvidos, quer em países em vias de desenvolvimento. O tratamento das doenças “físicas” é largamente superior ao tratamento das doenças “psicológicas”, ainda que as perturbações que afectam a saúde mental possam ser mais incapacitantes.

De um modo geral, as pessoas reconhecem que a doença “psicológica” afecta diversas áreas da sua vida, como as relações sociais e familiares, o desempenho profissional ou o rendimento académico. O “fardo” destas perturbações é agudizado pelo facto de muitas pessoas não procurarem/ não receberem ajuda especializada, contrariamente ao que acontece em relação às doenças físicas.

Aparentemente, a informação é contraditória: se a doença “psicológica” pode ser mais incapacitante do que a doença “física”, porque é que as taxas de tratamento são tão baixas? O que é que nos impede de cuidar da nossa saúde mental? Na verdade, há muitas pessoas que sofrem as consequências devastadoras de perturbações graves, como os transtornos depressivos e ansiosos, mas não recebem tratamento adequado porque são dominadas pela desmotivação, desorganização emocional, vergonha e pelo estigma tantas vezes associado a estas perturbações.


© Cláudia Morais


Retirado daqui: http://www.apsicologa.blogspot.com/

domingo, maio 11, 2008

Há Um Homem Que Eu Amo Como se Ama Um Pai

E que escreve assim:


A Morte

Homenagem à minha Cadela Teckel, de nome Coca-Cola,
falecida em 6 de Novembro de 2007 com treze anos e meio de idade

Vem companhia do meu enleio,
Sussurra-me teus segredos,
Teu coração treme em teu receio,
Olhos angustiados de medos…

Falas sem voz,
Tudo dizem teus olhos sábios,
Teu olhar é magia de voz,
Canta a dor e o amor em nossos lábios…

Ela calada há muito espiava,
A sua mão veio sem demora,
Era a morte que espreitando chegava,
Agora, agora, agora…

Nesta noite despida da cidade,
Saudades de ti alguém,
Fica o carinho da tua amizade,
Travo amargo de eu mais só, sem ninguém…

Foste companhia desejada,
Mais deserto só fiquei,
Viveste passo a passo em minha estrada,
Eras o mito com que sonhei…


Marini Portugal
Lisboa, Olivais Sul, 7 de Novembro de 2007




Cirurgia

À minha cadela de seu nome Coca-cola

Na mesa a cadela
A ser tosquiada
Aguarda o cirurgião…

Expectante e assustada,
De olhar angustiado,
Adormece anestesiada…

Deixamos a sala,
Com a comoção de que ali ficou
Parente nosso…

Nosso irmão…

Ela não fala, diz para nós,
Com os seus olhos,
Da sua esperança…

Tenho alma,
Mesmo sem voz…
Marini Portugal
Olivais Sul, 8 de Fevereiro de 2007



Não preciso de escrever mais nada pois não?

Beijo Amigo Alexandre e Obrigada por ser quem é :).
G.

segunda-feira, maio 05, 2008

Estou Ruiva...

Pareço uma cenoura.

Há umas semanas resolvi brincar aos cabeleireiros comigo, à falta de bonecas. Sempre gostei de o fazer: cortar pintar, enrolar, alisar.

É um bocadinho mais perigoso quando o fazemos com o nosso cabelo. Principalmente se temos um trabalho sério, em que a imagem conta e convém que os clientes não fujam a sete pés só ao primeiro avistamento da sua consultora-interlocutora.

Portanto, pânico.

No mesmo dia só fiz porcaria.
Primeiro, tentativa de madeixas caramelo (soava bem) comprada no super.
Correu mal.
A correr tentar resolver...hummm...'xa ver estas doiradas. Ora, boa!

O caos, o terror, o fim do mundo, o verdadeiro apocaplise.

Estão a ver a Lili Caneças mas em muito mau e com cabelos em rebeldia de laivos de laranja PPD/PSD?
Era o meu couro cabeludo.

Fui deitar-me sem pregar olho: amanhã tenho o quê para fugir?
Escolhi uma enxaqueca (até porque seria provável que chegasse lá para o meio-dia).

Chovia e eu dei Graças a Deus.
Em vez de chapéu de chuva optei (óbvio) pelo capuz do impermeável.
Corri para o cabeleireiro mais próximo e só disse: SOCORRO!!!

Socorreram-me. Deus lhes pague.
Mas fiquei ruiva, não havia outra hipótese.

O giro, no meio disto tudo é que toda a gente adora e toda a gente me diz que é a cor ideal para mim.

Vá a gente entender isto!?

(de qualquer maneira, anteontem fui jantar com amigas de infância...só gajas...mas o Gil, que me abraçou a chorar à tarde, quando o encontrei à chegada dele do hospital, estava cá, ainda....)

Giiiil, tu queda-te aqui, irmão, tu queda-te!

sexta-feira, abril 25, 2008

Sensibilizada!

É como me sinto.
Não sei porque raio, porque desígnio, o Luis Carmelo me manda, pelo correio, o segundo convite para o lançamento de um livro seu.

Não faço ideia de como chegou a mim, à Rua Infante, nada. Mas na verdade chegou. E isso comove-me, podendo parecer disparatado.

Eu gosto do Luis Carmelo, de o ler no Minescente.

Eu sou fã mas não consigo entender como ele sabe disso.

De qualquer maneira, hoje, na caixa do Correio, tinha um convite dirigido a mim para, dia 6 de Maio às 17h30, com Porto de honra, estar presente na apresentação do seu mais recente livro.

Lá estarei, Luis. Não sei porquê. Mas lá estarei.

:)

quarta-feira, abril 16, 2008

Curiosidades

"Hipopotomonstrosesquipedaliofobia é uma doença psicológica que se caracteriza pelo medo irracional (ou fobia) de pronunciar palavras grandes ou complicadas."

Fonte: Wikipedia

No comments...

segunda-feira, abril 07, 2008

Porque às tantas até mereço

O meu querido e geriátrico hp omnibook xe4100 voltou para mim.

Acho que não conseguiu superar a separação e fez das tripas coração, ressussitando.

Cá está ele, à minha frente, sorrindo-me (juro que o pressinto a sorrir).

Vou recuperando a minha vida no cyberespaço, devagarinho, mas com a minha companhia de sempre sinto a segurança de que vai ser rapidamente retomado o círculo de contactos/amizades perdidos por aí.

Procurem-me. Ajudem-me a reencontrar-vos.
Vá!

segunda-feira, março 31, 2008

Puuuf, Kaput, Chapéu.

No dia em que comecei a trabalhar a 100%, o meu querido portátil resolveu despedir-se de mim, para sempre, levando com ele 2 anos de trabalho.

Sim, sim, devia ter back up de tudo mas dos últimos tempos não tinha e aconteceu. Estou à espera de saber se me arranjam um disco para aquilo, visto ser obsoleto com os seus 4 aninhos.

Escrevo-vos dum que não meu, que vou roubando para ler os linques que estavam nos favoritos e cujo endereço me lembro e outros que vou googlando :(.

Vejo o mail e pouco mais!

Mas eu volto. Ah sw volto, carago!!!

terça-feira, março 11, 2008

Muitas Felicidades...

Muitos anos de Vida.

Parabéns.

Completas hoje um ano de vida.
E 9 meses comigo, connosco.

Linda de morrer (verdade) e feliz como os teus olhos e as lambidelas constantes nos dizem a toda a hora.

Amamos-te.
Muito.

Talvez menos do que tu nos amas a nós porque o teu carinho e dedicação são, de facto, demonstrados todos os dias e a todo o momento (ainda ontem me lambeste lágrimas).

És muito especial, Mousse de Chocolate de Leite e Aragão.

E mudaste a minha perspectiva do Mundo, de tudo.

OBRIGADA, LINDA!

segunda-feira, março 10, 2008

Digam lá!

Dormir é morrer um bocadinho, não é?
Mas assim um morrer daqueles bons.


Pode passear-se em mundos interditos,
Ser-se outra,
Amar-se quem se quer.

Eu tenho tido noites assim.

Eu faço da minhas noites o que não consigo dos meus dias.
E é terapia. Da boa

Cinzas...

Num sopro, vão-se.
Numa força extrema de vontade,
nem as crio.

Tento.
Tentando, anda, força.
Quase lá.

Ás vezes acho mesmo que,
se fosse minha amiga,
era muito feliz.

quinta-feira, março 06, 2008

Muito Sol, Muito Frio

Muita esperança na semana que aí vem.
Parece que finalmente, com a coragem que sempre soube que tenho, vou começar uma nova vida.

Olha em frente

Vê-te
Avança

O momento é o certo
A vida mostra-te isso
E não há coincidências
Aleatório é engano

Vou lá
Vou agarrar o destino
Vou conseguir
Vou voltar a Mim.


Boa!

domingo, março 02, 2008

Há que dizer as coisas com Frontalidade...

Um adepto de futebol, ontem, à saída dum jogo que, pelos vistos, não o satisfezendo no resultado, o levou a este rasgo de honestidade:

_ Quero mostrar a toda a gente a minha indignidade perante esta situação...!!!

Mainada.

sexta-feira, fevereiro 29, 2008

sábado, fevereiro 23, 2008

Há muito tempo...

...fui conhecer uma quinta. Nessa quinta havia árvores de fruto e outras só de folhas de todos os feitios.
E havia flores, não muitas porque era Inverno mas a aguardarem explodir em mil na Primavera.

Havia um tractor. E enxadas e pás. E rega.

Também havia um espanta espíritos (paradoxo ali, naquele sítio mágico, casa deles) que tilintava amiúde com o vento da estação fria.

Depois havia ao fundo uma Garça que, parece, era rara por ali.
Não devia ser Real.
Só daquelas normais, que gostam de quintas simples onde reina o cheiro da terra e dos limões.
E das laranjas.
Apareceu naquele dia porque se sentiu em casa, não só na terra, nos pomares, nos aromas, mas talvez nas pessoas que lá estavam, nessa quinta.

(e no Verão, aqueles figos, o sabor...e páro por aqui)

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Cabrrrrummm!

04h07'

Trovão.

Acordo sobressaltada dum sonho em que comia um gelado quente, que partilhava com colegas de quarto duma outra cidade em que estudava. Só eu sentia que aquilo estava ao contrário. Que devia refrescar e não saber a chá.

Bom, sonhos à parte, acordada, fiquei desperta e contente. Gosto de tempestades e, como durmo de persianas abertas, vivo o 'lá fora' como se fosse 'cá dentro'. Esperei a luz do próximo relâmpago que não demorou. Lindo. O meu quarto azul à cause e eu quentinha, enroscada no edredon de penas, aguardando o ribombar dos tambores que o céu às vezes nos dá, como uma orquestra só de percurssão e especialmente para nós, humanos, nos lembrarmos dele, do céu.

Fiquei ali, sossegada, a gozar o concerto.
Adormeci sem saber se cheguei ao fim da peça escrita pelas nuvens.

Pensei, no entanto, que bom seria tê-la partilhado de mão dada com alguém, além da almofada, do colchão e das penas que, fofas, me envolveram a pele cobertas por aquele algodão gasto da capa florida (os lençóis gastos são o melhor que há).

Depois, lá para as 7h, como de costume, acordei. Curiosamente mais descansada que muitas vezes em que as horas que durmo se somam com resultados de maiores dígitos.

Gosto de ter uma casa.
Gosto desse aconchego.

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Da Música Que (me) Toca

Depende uma miríade de coisas:

- o que aqui escrevo;
- como atendo o telefone;
- os cozinhados que invento.

Tenho esta ligação estranha com os acordes e as letras que ouço e aquilo que os meus neurónios obrigam os meus membros - e não só, uma vez que têm também ligação directa às glândulas lacrimais - a fazer.

No escritório toca agora Pink Floyd.
Dá-me a nostalgia e penso escrever sobre aquela festa de garagem em que o Jorge me disse que sempre gostou de mim (sendo que o sempre, naquela altura, era necessariamente pouco porque ambos tínhamos 15 anos de existência) e que gostava de namorar comigo.
Era verdade.
E eu sabia mas não correspondi e foi um drama (para ambos).

Ontem, quando ouvia The Whole of The Moon tocou o telefone. Merda, pensei. Lá vou ter de inventar mais uma constipação (é uma óptima desculpa para congestões nasais doutras origens).
É que estava tão longe daqui.
Estava nos anos 80 e ainda podia fazer escolhas e ia fazê-las...bem.
Quem me ligou desejou-me as melhoras.

Na cozinha, entre tachos e panelas com o rádio no volume acima do razoável - obrigada A., e ao teu pai que não sonharia que o artefacto que te deixou me inspira diariamente :) - cozinho coisas deliciosas.
Invento consoante o humor e esse vem também daquilo que toca lá.
Os meus filhos agradecem.
Eu, que estou em dieta tentando em vão largar os 20kg que ganhei à conta de medicação que não me larga, regozijo-me a ve-los degustar as minhas invenções ao som de Fields of Gold.

Obrigada Sting!!!

sábado, fevereiro 09, 2008

Surpresa Com Destinatário!




Meditação sobre o Rio Tejo

Marini Portugal


Gaivotas planando no ar,

Sobre as águas do meu rio,

Vens de longe, muito longe,

Leva-me para o mar…



Vejo-te com os olhos da memória,

Dos séculos que partiram…

Incógnita de tantos sonhos

Que se alcançaram

E que se perderam…



Guardador do templo e do tempo,

Tu és um mistério…



De ti partiu o sonho, a obra, a vida, a morte…

A tua tranquilidade nos reflexos trémulos das luzes

É a ansiedade e o medo do porto de partida,

O presságio supersticioso das tempestades,

De tantos que foram e naufragaram…



És porto de abrigo da doçura dos torna viagem…

Nos teus silêncios guardas segredos insondáveis,

Ai!... Se falasses dos actos de valentia e bravura,

Das omissões e das esperanças traídas,

De tantas cobardias e traições…



Testemunha de rotas para o mar largo do Mundo,

Origem dos cruzamentos de todos os destinos,

Nessa epopeia do mar sem fim português…

Testemunha também da cobiça de tantos,

E da epopeia secular do abandono…



Da sorte mártir dos esquecidos da Ásia e da África…

Que dizer das soturnas luzes sonâmbulas

Da escravatura e da corrupção nos navios e no comércio! …

Tão bem assimilada e hoje consagrada nas tuas margens,

A teus olhos, na política, no governo, no betão…



Ruas, avenidas, praças, arranha-céus, engarrafamentos,

É a cidade das luzes e luzes da falta de glória…

Emaranhado corrupto das formas de vida…

Rio Tejo!... Parece que desde sempre te contradizes

No sentido do curso da corrente das tuas águas…



De início foste o mar do nosso esplendor,

Depois nas contracorrentes dele te afastaste,

E, hoje, nos atiras terra adentro,

Nesta pequena terra dos homens,

Proibindo-nos a tua alma de antanho…



Das praias alvíssimas, das tempestades tropicais,

Do mar azul, dos oceanos sem fim,

Pacífico, Índico e Atlântico…

Das gentes do nosso contentamento,

Das terras que foram nosso destino…



Rio Tejo!... Foste o destino do ontem português…

E hoje Rio Tejo?!... Que destino para o meu País?...


Portugal, 2007

(promessa cumprida)

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Em Vida

Para quantas pessoas terei morrido?

Às vezes penso nisso...

P.S Tenho medo que já sejam muitas.

P.S.S. Ou seja, não se esqueçam de mim, não?

Bom, eu explico.
Hoje descobri uma ferramenta que me permite ver quem me apagou do Messenger. Tantos. Tão importantes.
Embora eu já tenha feito o mesmo, doeu. Fundo.

terça-feira, fevereiro 05, 2008

Um Bocadinho Irritada...

Reproduzo aqui o comentário da caixa do Poste dos cachorrinhos Golden Retriever para dar:

"Atenção: a mensagem que por Portugal circula já data de 2001/2002. A ninhada de 6 cachorrinhos Golden Retriever (que afinal eram 7) já se transformou numa lenda. P.f. consutem http://www.quatrocantos.com/LENDAS/111_golden_retriever.htm.
Não se empolguem com estes, que já são adultos. Empolguem-se com outros cachorrinhos (Golden Retriever ou não) que por aí estão, à espera de um amigo!"



Foi um anónimo que a deixou e vale o que vale, não sei da sua veracidade.

O tom paternalista de recado ou ralhete é que me arrelia.
E eu explico.

Parece que agora é de mau tom, para os amigos dos animais, ter um cão de raça pura. Parece que se gosta menos ou que o animal é diferente, coitado, por ser de linhagem irrepreensível.
Parece que o que é bonito e fica bem, agora, é ter um rafeirinho mesmo muito feio que é assim que se prova que se é amigo do animal.

Poupem-me.

Eu por acaso tenho uma rafeira que não parece mas sempre soube que era. E que adoptei por 0€.
Mas podia ter um Golden Retriever que me tivesse custado 500€ que não o amava menos por isso.
Percebem-me?

Acho que, de repente, os humanos medem os animais como se medem a si próprios e se pedem piedades que não merecem quando falham na vida transportando-as para eles.
Por favor, os nossos amigos do dia a dia nem sabem de que raça são.
Só querem mimo, cuidados e atenção.
E retribuem em triplo, tenham ou não LOP, sejam ou não filhos de campeões de exposição, tenham ou não sido recolhidos dum canil manhoso com probabilidade zero de sobreviver.

Bolas!

Eu gostava da Mousse mesmo se ela fosse uma pura Retriever do Labrador Castanha que, no mercado, custa uma pipa de massa.

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Há um ano atrás, às 11h e 20'...

O meu pai morreu um bocadinho...
Morreu um bocadão...
Durante um mês. Ia, não ia, ia, não ia.

Não foi!

Hoje, fui com ele comprar óleo para o meu carro porque por mim punha do Fula ó do VêGê ó assim.

Ai Pai...ai eu.

quinta-feira, janeiro 31, 2008

Momento Irresistível, Momento Mimo, Momento Vão Por MIM (e a vida nunca mais será igual)




Tenho a Mousse há 7 meses.
Amo a Mousse.

Aqui era cachorrinha. Bom, ainda é. Tem 10 meses e continua doce docinha a Mousse de Chocolate.

Serve isto de intróito para dizer algumas coisas acerca desta coisa de ter um animal.

Foi uma decisão nem sequer muito contrariada no momento da adopção embora o tenha sido durante anos.
O Gufi tinha sido a minha estreia canina, percebi que o amor de quatro patas era possível e incondicional mas, por voltas que a vida deu, tinha-o perdido e sabia a dor que isso trazia.

Não vale a pena ir à procura de razões que me levaram a arriscar porque não é por aí. E não podia ter escolhido pior altura e animal. A cadelinha, já com 3 meses veio cá para casa a morrer (sem sabermos, claro), sem vacinas, sem desparasitação, sem cuidados, sem nada. Era linda e tinha um olhar triste, dos abandonos sucessivos que adivinhamos teve no seu pequenino passado:
_Olhe lá, você deu-me gato por lebre. Esta cadela é uma porcaria e vem doente e tudo. O meu filho não a quer...

E blá blá blá muitas vezes igual, de certezinha.

Eu não sou melhor que ninguém. Aliás, sou pior em muitas coisas, numa delas em gerir orçamentos e possibilidades de proporcionar bem-estar.

Mas fiquei com a Mousse. Fiquei com aqueles olhos doces mesmo depois do Veterinário me dizer que nada prometia. Os tratamentos foram feitos, comigo a recordar a primeira infância dos meus filhos, das noites mal dormidas e dos cocós por limpar e xixis por todo o lado.

Querem rir? Hoje, quando a passeio pela rua, vêm ter comigo e perguntam-me qual o criador que ma vendeu. Eu respondo: o Criador. Eles não percebem mas eu e ela sim.


Bom, o texto vai longo e tem uma missão que corre o risco de se perder neste arrazoado de palavras.

Há seis cachorrinhos Golden Retriever cujos donos, mesmo amando-os muito (não duvido), não vão poder manter mais de duas semanas. Se for o caso, irão mais depressa para aquele Céu dos Animais. Nem sei se seria bom ou mau, visto que é Céu. Mas vá lá. Mais do que a eles, dêem-vos uma oportunidade de serem felizes e descobrirem um amor diferente.

Eles estão só à espera de alguém que, como eu, tenha chegado à altura em que, não se sabe porquê, se quer um companheiro incondicional.
E eu asseguro: vale taaaanto a pena.

Ficam as fotos e os contactos. E, antes de passarem a outro blog da vossa lista de favoritos, leiam outra vez, please?

;)







Contactos:

sara.matteucci@gmacio.com
sheldon_sara@hotmail.com
sara.mendes@inst-informatica.pt

terça-feira, janeiro 29, 2008

sábado, janeiro 26, 2008

Processos de Intenção

Não há mentiras inofensivas.
Nem piedosas.

Há, quanto muito, aquelas que não deixam sequelas, que passam pelo outro e o deixam incólume.

Mas a verdade:

A Mentira É Sempre Uma Traição
A nós e ao outro.

P.S. Easy to say...

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Vilipendiar!

Palavra estranha, esta.

Passeando pelo Blog do meu shrink escrevi não sei quantas vezes esta palavra.

Veio a vontade de escrever um post sobre o assunto mas sem sujeito concreto.
Portanto, considerem-se assim, todos sem excepção, vilipendiados.

Ah, e de nada. Os amigos são mesmo assim.

:)

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Olá 2008

A jeito de intróito neste novo ano, deixo uma conclusão pacífica, a dois, contaditórios permanentes (eu, jurista, Tio João, médico):

Nós só morremos para os outros.

Não se deixem levar pela ilusão do facilitismo da hegemonia de pensamento.
Há ali um fosso do tamanho dum...sei lá...entre nós :)

BOM ANO!